Raciocine comigo.
Você está andando distraidamente quando,
de repente, seus olhos avistam aquela pessoa especial. Ela se destaca no meio
de todos, o seu coração palpita, a boca seca, os olhos brilham. O que
aconteceu?
Até aí tudo bem, isso é claro, se ele amarrasse na ponta da
flecha uma caixa arquivo, com a análise psicológica da mãe da criatura e uma
foto 3x4 (todo maluco se entrega nessa foto).
Pow, Cupido?! Custava
vir com um dossiê completo? Custava? Vai me fazer ficar com os pneus arriados,
beleza! Mas me deixa armada, pelo menos, caramba!
Eu falo isso de maneira genérica. Falo das sogras como um
todo, não da minha especificamente. Óbvioooooooooooooooooooooooo! (não posso esquecer que minha mulher também lê
esse blog).
Ah! A minha sogra é um anjo. Inclusive eu devo a ela meu
casamento.
Explico.
Isso ocorreu há mais ou menos seis anos, quando eu ainda
chamava Bárbara de amiga e ainda vivia em Nárnia (mundo distante onde nossas
mães acreditam que os suspiros que você dá diante da TV são para Gianecchini,
não para Giovanna Antonelli).
Estávamos em junho, mês de celebração, aqui no Nordeste do
Brasil, de alguns santos católicos, entre eles o conhecido Santo Casamenteiro
(as amigas encalhadas reconhecerão).
A véia minha amada sogra (naquela época, apenas
“tia”), muito religiosa, entrou no quarto munida de um pires, grudado a
ele uma vela de 7 dias acesa e, a tiracolo, um livrinho.
Enquanto minha mente pensava em milhares de possibilidade para aqueles
apetrechos, desde um atentado terrorista até o um despacho na encruzilhada, ela
tratou de tranquilizar o meu coração. Era a trezena de Santo Antonio!
Já estava pronta para dizer que não, quando ela disse a seguinte
frase:
“Rezem comigo! Eu vou pedir ao santo para vocês acharem alguém
pra casar.”
Te juro! Daria meu dedo mindinho pra ver a risadinha no
canto da boca do Santo Antonio quando ele decidiu atender ao pedido dela.
É isso.
Boa... Foi a melhor! Rsrsrsr
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